COTIDIANO

 

FETARN MARCA PRESENÇA NO 17° GRITO DA TERRA BRASIL NA CAPITAL FEDERAL

Dilma Rousseff colocou o boné da Contag, posou para fotos, ao lado de Manoel Cândido

 

A FETARN participa das negociações da pauta do Grito da Terra Brasil 2011 em Brasília-DF. A pauta composta por quase 200 itens de reivindicação, foi entregue a Presidenta Dilma Rousseff em audiência marcada pelo bom humor da presidenta e pelo seu compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar. Em um clima descontraído, mas nem por isso com menos seriedade, a Contag entregou, à presidenta da república Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, a pauta de reivindicação do 17º Grito da Terra Brasil, que acontece de 16 a 20 de maio. As negociações já estão acontecendo desde a semana passada com a presença da executiva da Contag e de representantes das 27 federações.

O presidente da Contag, Alberto Broch, apresentou a pauta e disse que há 17 anos o MSTTR apresenta as reivindicações e negocia políticas públicas para o campo brasileiro. O dirigente relatou que durante o governo Lula muitas coisas avançaram, “mas ainda temos pendências, porque o Estado abandonou essa gente por mais de 500 anos”, relacionou. Para que a presidenta ouvisse imediatamente algumas reivindicações da agricultura familiar, Broch enumerou pontos de pauta que se referem especificamente ao combate a pobreza rural, às questões de gênero e geração de riqueza. Em relação ao Pronaf, o presidente disse que o programa precisa de amplitude, “para que os agricultores possam ter condições de comercialização e geração de renda”, reivindicou.

No tocante a geração de renda, o representante dos trabalhadores (as) rurais foi bem enfático ao dizer que a garantia de renda é fundamental para fixar o agricultor no campo. E ainda nesse assunto cobrou o apoio ao cooperativismo e a agroindústria familiar. Broch não esqueceu de mencionar pontos de reivindicação referentes aos jovens e à terceira idade, e também reservou espaço para cobrar pontos pertinentes à reforma agrária. “Não é possível que a gente não consiga atualizar os índices de produtividade, nós temos várias propostas para ajudar a solucionar essa questão”, acrescentou ao requerer também melhorias no programa de crédito fundiário.

Código Florestal – Em sua fala o presidente da Contag disse que a entidade é favorável à adequação do Código Florestal, mas que não abre mão que o texto introduza a conceituação da agricultura familiar. Para ele a retirada do termo seria um retrocesso na luta de anos dos milhares de agricultores (as) familiares brasileiros. Ao receber as reivindicações, Dilma Rousseff colocou o boné da Contag, posou para fotos, ao lado de Manoel Cândido,  e disse que não se assusta com a pauta de quase 200 itens. A presidenta agradeceu a presença de todos e a atuação do MSTTR durante a eleição. “Naquele momento conseguimos ter uma posição clara do fortalecimento da agricultura familiar”, disse.  A presidenta disse que a agricultura familiar está no centro do programa de erradicação da pobreza. “Não haverá desenvolvimento se não levarmos políticas públicas para as regiões rurais do Brasil”, salientou. Dilma também fez menção à inclusão produtiva, à geração de renda e políticas sociais como educação do campo.

Gênero - Por fim a presidenta reservou um momento para falar sobre seu compromisso com as mulheres. Disse que seu governo tem uma grande responsabilidade em relação às mulheres e que a questão não vai ser do dia e nem do mês da mulher, mas de um compromisso de governo.  Participam neste momento das negociações representando a FETARN o Presidente Ambrósio Lins do Nascimento, juntamente com José Ferreira de Lima, Divina Maria, Obdon Fernandes e Joseraldo Vale. Neste final de semana estarão a caminho numa delegação representando todas as regiões do estado o Assessor Gilberto Silva e mais 50 dirigentes sindicais de todo o estado.

 

Igreja Católica construirá casa paroquial em Serra do Mel

 

A comunidade católica de Serra do Mel está se mobilizando para a construção de casa paroquial na Vila Brasília, sede administrativa do município.

A iniciativa é devido atualmente não existir na cidade nenhuma estrutura de apoio aos trabalhos pastorais, como assembléias, reuniões, seminários, retiros, catequese, festas, entre outros. A construção da casa paroquial visa também suprir uma necessidade no tocante à falta de estrutura para hospedar o padre que se desloca de Areia Branca para realizar celebrações nas vilas, sendo obrigado a retornar imediatamente à sede da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Areia Branca, que congrega os municípios vizinhos. No caso de um segundo padre visitar a localidade, não há acomodações.

Diante dessa situação, a Paróquia de Areia Branca está agilizando o processo visando a construção de uma espaço com estrutura capaz de atender as necessidades e ao mesmo tempo dar condições aos grupos ligados à Igreja Católica em nível local, para desenvolverem ações pastorais mais eficientes e organizadas. 

Para o Padre Pedro, Presbítero de Serra do Mel e idealizador e coordenador do projeto, a obra que poderá está pronta em até 5 anos, será de fundamental importância religiosa e organizacional. Segundo Ele a estrutura terá salão de reuniões e eventos religiosos, secretaria, banheiros, cozinha e quartos para acomodação de Padres e salesianos. A casa paroquial será construída ao lado da Igreja Nossa Senhora Aparecida, mais precisamente em frente ao Mercantil Frei Damião.  Para realização do projeto todas as igrejas das vilas repassarão para Igreja matriz 10% do dízimo no último sábado de cada mês. Os fies da Igreja Nossa Senhora Aparecida, vila Brasília, terão a responsabilidade, juntamente com Padre Pedro, em arrecadar boa parte dos recursos necessários para obra. 

O primeiro passo para a execução do projeto da Casa Paroquial de Serra do Mel é uma campanha de arrecadação junto às famílias cristãs serranas. As doações podem ser em espécie ou em material de construção. A padroeira de Serra do Mel é Nossa Senhora Aparecida, cuja festa em comemoração à data ocorre em 12 de outubro.

 

EDUCAÇÃO EM FOCO - Maria Veranir

Antes de cidade, a Serra do Mel foi projeto de colonização. E de acordo com documentos históricos no projeto de colonização constam três fazes de operacionalização. A primeira fase foi a fase de implantação (até 1982), chamada de colonização; a segunda  fase foi a fase de consolidação (1982 a 1988), considerada transitória; e, a terceira foi a fase de emancipação, esta constituiu a fase final que implicou na auto-gestão integral das estruturas de produção e comercialização por parte da cooperativa e na independência política de Serra do Mel em 1988.

Antes de tratarmos de fato sobre o que foi esta terceira fase que é o assunto deste artigo, vamos conhecer o significado de duas palavras chaves deste período de nossa história: EMANCIPAÇÂO E POLITICA. Segundo o dicionário Emancipação é o Ato ou efeito de emancipar, ou seja, de tornar-se independente. E ainda a aquisição de maioridade, que dizer idade em que segundo a lei, entra no gozo de todos os direitos civis. Já Política, Ciências de governo dos povos; arte de dirigir os negócios de uma nação ou estado; aplicação desta arte nos negócios internos (política interna) ou externas (política externa) de uma nação; e princípios políticos.

Aos 13 de maio de 1988, de acordo com a Lei n 803, Serra do Mel conseguiu sua autonomia política, tendo suas terras desmembradas dos Municípios de Assu, Mossoró, Areia Branca e Carnaubais, tornando-se assim um novo município do RN.

Há 23 anos se comemora a emancipação deste município, e muito se questiona, somos mesmo emancipados. Que contribuições trouxeram esta emancipação, para educação, saúde, lazer e principalmente para a água que foi, é (e será) um dos problemas mais grave desta historia.   

Diante da realidade, talvez seja agora o momento de  refletirmos e por em prática o verdadeiro significado das palavras emancipação e política. Assim, fazendo uma retrospectiva das três fazes de nossa história o que estes 23 anos de emancipação contribuíram de fato para o desenvolvimento de serra do mel. Que mudança pode-se perceber.